sexta-feira, 12 de junho de 2015

OPINIÃO - PORQUE ACREDITAR EM UMA COISA, SE NA HORA FAZ OUTRA?

Eu, David Tomás, Acredito que a função do Ilustradiano primeiramente é ajudar pessoas que estejam iniciando o mercado de ilustração e que sejam orientadas mesmo estando erradas. acho que é uma missão nada fácil e principalmente é legal fazer uma prestação de serviço para a classe e a sociedade entender a função do ilustrador e suas dificuldades com postagem que eu ando escrevo ultimamente.

Agora para alguns que são experientes, para mim (no meu ponto de vista) vejo que há um problema em respeitar pelo menos um mercado que poderia ser mais respeitoso e justo. Agora já que penso que o mercado pode piorar um pouco em questão. Vou ser mais preciso, eu não entendo porque as pessoas experientes e a mais tempo fazem certos absurdos e ainda por cima vem depois com discurso e até desculpas de reclamar do mercado.

Outro ponto é prejudicar não somente a si mesmo, mas também pessoas que tentam andar na linha e acabam sendo desrespeitadas pela sociedade e não falo somente de clientes, mas de parceiros, empresas, órgãos públicos e outros membros e classe da sociedade que deveríamos ganhar esse apoio e também melhorar o mercado. Já que outras classes trabalhadoras dos estados brasileiros buscam e lutam por um mercado melhor e nem preciso falar de sindicato, isso é muito mais amplo do que você imagina.

POSTAGEM NAS REDES SOCIAIS

Primeiro não vou identificar a pessoa, até porque não quero prejudicar as pessoas, minha intenção é criticar de forma construtiva. Segundo, vou ser especifico na área de caricatura, que já conheço esse mercado desde 2008, mas claro que nós devemos aprender e quebrar a cara sempre, mesmo com a experiência. Vejo através de pessoas e colegas de trabalho uma das postagem que me deixou muito irritado, chateado e até infantil com essa atitude :


Se não entendeu, vou explicar melhor, nessa postagem um caricaturista fala da necessidade de comprar uma mesa digitalizadora para continuar seus trabalhos. Mas não entendo porque numa postagem anterior falar em valorizar seu trabalho e mercado jã que as pessoas pedem de graça o seu serviço. Para mim em questão de valores, foi muito de graça, R$ 10,00 reais para pedir uma caricatura, é mesmo que comprar um livro de R$ 1,00 e fora que nem vou culpa os clientes por isso, eles estão mais do que certo aproveitar. 

A questão do valor sentimental não entro nem em detalhes, já que cada um faz com sua arte o que bem entende e não sou contra desenhistas darem trabalho de graças para um projeto social, presentear um amigo e outras coisas que eu acho bitolação demais para esse quesito, alias cada um tem seu pensamento. Quanto ao meu pensamento, trabalho com caricaturas para me diverti, mas meu principal foco é ter uma renda com esse trabalho, resumindo ganhar dinheiro.

Agora o ponto que eu acho muito errado é confundir profissionalismo com necessidade, se for por isso os eventos cobrariam R$1,00 e mulher bonita não pagaria, agora o que eu acho engraçado é os ilustradores reclamarem do mercado e agora eu falo, esse é um dos principais motivos das pessoas desrespeitarem o mercado. O valor é tão baixo que acaba vendo que o artista nem é sério e acha que isso é legal, mas para outra classe que tentam ter seu valor, mas que muitas vezes seus esforços são em vão.

Porque muitos querem falar de clientes e que ta difícil! Mas não querem abrir os olhos para esse lado também dos ilustradores que nem sequer aprendem a colocar preço ou fazem de proposito, que é muito comum e fora praticas anti-profissionais e até amadores para piorar o que já está difícil.

RELEMBRANDO MEU PASSADO

Assim que eu comecei a escrever minha postagem, me lembrei de uma coisa que ocorreu na minha vida. Estava num evento cultural promovendo meu trabalho e me lembro que exatamente cobrei esse valor, sim é igualzinho da propaganda acima e fora outros valores e senti que aquilo que eu fiz era bom e que dava muita gente. mas durante esse trabalho tinha um cara com uma pasta me observando sempre e passava para ver meus trabalhos de caricatura.

Na segunda semana, ele chegou pra mim e perguntou o que você está fazendo com o seu trabalho? isso não é legal companheiro, valorize seu trabalho e veja! Dai ele me mostrou seus trabalhos e falou seus valores por encomenda, congresso e eventos e seguindo algumas tabelas da SIB, Abipro e outras existentes. Aquilo me deixou emocionado e fiz imediatamente na terceira semana mudar meus preços e pra ser sincero, foi muito melhor, mesmo com pouca gente e ainda consegui faturar um pouco a mais e senti a diferença, mesmo eu já sabendo do erro que cometi.

E até hoje sou grato essa e outras pessoas que sempre alertam e o blog que eu escrevo é uma retribuição que repasso do que aprendi para os outros e como recompensa pessoal.

LIÇÃO PARA APRENDER OU PELO MENOS TER CONSCIÊNCIA DO QUE FEZ!

Espero que esses caricaturistas vejam a postagem, pelo menos tenha a consciência do que vocês estão fazendo e é muito prejudicial para o mercado. Para mim foi uma atitude nem amadora, mas sim infantil de colocar um valor baixo e prejudicar o nosso mercado novamente, que já é complicado se for aplicado de forma legal e justa. Isso vale também para os iniciantes, pois um conselho legal, façam isso e sintam na pele o prejuízo que estão fazendo se for ilustrar para o mercado, ai vocês vão ver clientes que reclamam, que exigem mais coisas, que apressam por prazos curtíssimos e outros absurdos que vão sofrer por um preço de banana.

E as entidades, no caso as associações, mais uma vez revejam a forma de divulgar isso. Sei que pelo menos algumas estão trabalhando com seus associados, mas procurem também informar isso a sociedade, já que querem uma melhoria de mercado, agora que alguns entidades estão fazendo consultorias, palestras, eventos para esse publico que não tem acesso a essas informações, mas ainda é pouco e vocês são importante para promover essa ação.

Bem espero que isso não ocorra sempre, mas sei que é difícil e não vai parar de acontecer, por isso não vou ficar calado e continuar com esse projeto, um forte abraço a todos.