sexta-feira, 30 de outubro de 2015

OPINIÃO - REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO CRIATIVA NO BRASIL 2015

por David Tomás

Essa postagem é inicial para discuti sobre um dos assuntos mais polêmicos entre as classes de criação como o fotógrafo, designer, artesão, ilustradores etc. Por isso esperei um pouco as perspectivas de opiniões nas redes sociais para ser discutida sobre esse assunto e pode render mais postagens desse tipo. Por isso escolhi alguns pontos referentes a esse tipo de assunto para ser falado em minha opinião inicialmente. Por que nessa opinião que eu vou ter percebo que ainda tem pessoas que nem sacam politicamente (isso que eu falo nem é partidário, é uma questão muito mais ampla do que você imagina).

DEFINIÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO

Antes de eu falar do assunto, vou definir primeiramente o que é a regulamentação da profissão, afinal é preciso dar pelo menos a definição para depois explicar como funciona a coisa, então vamos lá. A regulamentação da profissional é fornecida pelos órgãos ou entidades de classes na maioria das vezes. Como exemplo, tem os Advogados tem a Organização dos Advogados do Brasil OAB e para os Engenheiros e Arquitetos, o CREA que precisam fazer um teste após a formação superior e outros grupos dessa modalidade. Mas nem sempre tem essa obrigação e isso vai depender de cada classe e ofício. Para esses órgãos de classe também é preciso fiscalizar o exercício da profissão regulamentada sob sua responsabilidade, e sendo o caso, podem aplicar a penalidade de suspensão ou cassação do direito ao exercício profissional. 

No caso da ilustração não existe regulamentação. Como um exemplo cito a Sociedade dos Ilustradores do Brasil – SIB, que é uma associação (que tem a função de orientar o profissional) e nenhum ilustrador é obrigado a fazer parte por lei, até porque serve para ter ajuda jurídica, eventos com descontos, divulgação publicitária dos artistas, exposições, palestras e outras funções através de uma taxa anual. Fora que a profissão de ilustrador não é regulamentada no Ministério do Trabalho oficialmente. Pois se você é ilustrador, terá a consciência de que não vai ter por exemplo direitos trabalhistas e os únicos que você vai ter é os direitos autorais e o Micro Empreendedor Individual - MEI, que não tem a profissão de ilustrador e em uma postagem sobre o MEI vou falar o porquê disso, mas pode receber benefícios e se entrar já não precisará ate o momento ter uma associação, sindicado (que nem existe e acho dificílimo de ter) e outros tipos de grupos. 

Primeiramente a Regulamentação não tem sentido de forma artística e sim regulamentadora (principalmente para consumidores que adquirem serviços prestados por profissionais) e trabalhistas (para obter benefícios e obrigações na carteira de trabalho). Por isso a busca da regulamentação tem que ser entendida do sentido de discutir o que pode ser bom e ruim para o mercado e isso vai depender sabe como? Através de uma união, o que é parte chata da coisa.

PORQUE EU CONCORDO COM A REGULARIZAÇÃO, PORÉM...

Primeiro pelo fato dos benefícios trabalhistas, como exemplo os ilustradores não são regulamentados pelo ministério do trabalho e isso são complicados para um mercado que já não é organizado e unido há anos. Outro ponto é que a regularização da profissão é apenas para o âmbito de mercado e os requisitos nos casos dos fotógrafos e dos designers é que eles tenham formação acadêmica ou experiencia profissional (entre dois a 3 anos no geral, o que para mim não tem nada de mais até agora). Fora outros fatores, veja esse vídeo sobre o assunto:

O QUE TODOS GANHARIAM COM 
A REGULAMENTAÇÃO DO DESIGNER

Então o designer não precisaria de uma regulamentação nesse caso? Bem... já que é para facilitar pela arte livre e pelo acesso fácil ao mercado, que abaixo vou explicar em um próximo tópico, devemos então ser sempre artistas é isso? Pelo menos no mercado não é bem assim que a coisa funciona ao meu ver! 

O que é preciso de fato ser discutido inicialmente é principalmente o ensino superior, que realmente precisa de profissionais realmente capacitados e que tenham experiencia de renome para lesionar aulas para os graduandos dos respectivos cursos de graduação por exemplo. Percebo que muito deles que estão em faculdades e universidades e não tem experiencia, pior, tem alunos e instituições que deixam passar isso, o que é muito ruim para o mercado, então a educação do ensino superior e até técnico precisa de profissionais capacitados de fato e que seja de uma formação acadêmica com experiência profissional na área criativa. Fora que deveria ter uma fiscalização partida do MEC junto com outras associações e entidades representativas para esses critérios de cursos específicos, o que não é percebido até agora infelizmente (na minha visão na maioria dos casos) e com profissionais de áreas especificas para perceber lacunas abertas, o que é uma missão mais complicada. 

Por isso que nesse ponto uma parte defende, mas tem outros que não defendem por esse motivo, de não haver um critério mais profissional de fato e que falta mais é seriedade nesse quesito, mas fora isso eu defendo pelo principio de valorizar e ter um ponta pé inicial, porque isso depende também do profissional partir para a legalidade do mercado fazer com que se torne mais respeitoso, o que tem ainda muito chão pela frente. Fora os benefícios trabalhista que esses profissionais já deveriam ter há anos (13º salario, Aposentadoria etc.) e somente em áreas da comunicação e outras áreas tem esses benefícios até o momento. O que deve ser especificado no Ministério do Trabalho para haver uma certa organização de profissionais específicos e mais capacitação profissional severa que seja reconhecida de fato por critérios mais sérios, que é um problema mais antigo em várias profissões no Brasil desde os anos 60.

E OS IMPOSTO VAI TER?

Claro, assim como qualquer profissão registrada no Ministério do Trabalho, deve-se ter imposto sim, para adquirir recursos nos cofres públicos para obter algum benefício como o seguro desemprego caso você tenha perdido o emprego, o 13º salário para pagar as contas no final de ano, o auxílio-maternidade para caso você não possa trabalhar no período X (e isso valido para homens e mulheres na lei brasileira), aposentadoria e etc. 

A grande questão a ser discutida é quanto de imposto deve ser pago, até o momento para o cenário da ilustração como não é regulamentado em carteira assinada, a única opção é o Micro Empreendedor Individual – MEI para pelo menos os auxilio, mas não quer dizer que você será um profissional reconhecido regularmente registrado na área de ilustração pelo Ministério do Trabalho, tanto que o Sebrae está querendo articular uma possível possibilidade de regulamentar a profissão no MEI o que seria muito legal para aqueles que precisam ter questões legais para seus serviços, já que é pago menos de R$ 50,00 reais mensais de impostos somente. Os designers quando foram buscar essa regulamentação já pensaram nos impostos reduzidos que até foram aprovados como o exemplo o Super Simples, aqui abaixo tem a tabela especifica fornecida pelo site oficial do Sebrae, veja:

ALIQUOTA PARA O SUPER SIMPLES
NA PRESTAÇÃO DESSE SERVIÇO
Fonte: Sebrae

Se a profissão do designer for regulamentada no Brasil, pode ser um dos países ter essa regulamentação que muitos países da Europa deseja e não tem pela classe trabalhadora (vi um exemplo de Portugal fazendo algumas manifestações referente a essa lei caso aprovada). Mas como a lei hoje não foi aprovada pela presidente Dilma, esperamos para ver essa ação acontecer novamente. Mais um vídeo para entender melhor:

VETO DA REGULAMENTAÇÃO
 DE DESIGNER

SERÁ IMPEDIDA ARTE LIVRE?

Para mim não, até o momento nessas regulamentações acho difícil e impossível esse argumento! Uma das coisas que eu fico entediado com algumas postagens nas redes sociais é exatamente isso, falar com falta de conhecimento de que isso vai impedir a arte livre 100%. Não penso que é por ai. Por minha visão, não tem lei que impede isso e é independente de regra ou não que eu saiba ate agora. Isso só vai depender de cada mercado e não pelo fato de uma arte livre ser impedida, é por ocorrer de cada contexto de um determinado consumo de um determinado cliente que pede seu serviço e isso é um ponto ou até mesmo um dos pontos. Outro ponto é dizer que design é arte, Como assim? Vamos ver citações de exemplos para definição de design e dai tirar suas próprias conclusões, veja:

DESIGN NÃO É ARTE

Agora em outro assunto relacionado a isso é que no primeiro fato do mercado do artesão legalizado é uma coisa mais livre de expressão artística fora do mercado, porém, ele confecciona produtos ligados na maioria das vezes no âmbito na cultura mercadológica se for analisar nesse ponto, seja ela especifica ou uma coisa mais genérica no geral em produção, essa arte que o artesão produz livremente vai depender de sua mão de obra para venda. Por isso quando o artesão parte para o mercado ele está consciente de que seu produto quando for vendido para o consumidor será adquirido de forma legal e consumida. Já a fotografia e o design também tem o âmbito livre de expressão fora do mercado, mas partindo para dentro dos serviços mercadológicos, dependera se for nesse caso de venda de serviços para clientes que queiram obter esses produtos por exemplo para divulgações publicitárias e institucionais (seja o profissional de designer ou fotografo). Nisso, já não acho no sentido de expressão tão livre assim, até porque esses trabalhos dependem no contexto empresarial de um conceito na maioria das vezes voltado para vendas ou benefícios de uma empresa ou cliente, se for analisado nesse ponto mercadológico. 

Por isso dizer que a arte é livre 100% é uma coisa muito perigosa por exemplo no âmbito da ilustração. Se for assim, porque alguns ilustradores então reclamam e lamentam de seus trabalhos que estão sendo plagiados ou meramente roubados por empresas que na maioria dos casos não consultam e nem sequer pede contrato de licença de direitos de uso do seu trabalho de forma legal? É ai que ta o problema, porque uma coisa é você fazer sua arte livre de expressão sem intenção de ganhar nada com isso e divulgar para o mundo ou de forma pessoal, outra coisa é você ter pelo menos os conhecimentos de que o mercado é na maioria esperto e até cruel no âmbito das leis de direito autoral e posso citar até a falta de respeito com a propriedade intelectual, mesmo você estar fora do mercado e nisso como fica o sentido de arte livre no âmbito mercadológico?

Por isso é sempre bom conhecer o direito autoral não somente por lei, mas para ter noção e comparar pontos bons e ruins dentro da realidade social de fato e eu não falo isso para ter uma verdade absoluta nessa postagem, mas como opinião em minha de análise e como ilustrador é preciso discutir inicialmente essa comparação de regularização com arte livre (o que eu acho que não é comparável praticamente). Um exemplo de arte livre pra mim são os pichadores, já pensou se eles forem cobrados pela maioria dos impostos como INSS, ICMS, COFINS e outros tributos do tipo fiscal? Eles já seriam os maiores contribuintes do Imposto de Renda – IR e isso se fosse numa área de ilustração, fora que São Paulo seria a maior cidade beneficiada tributariamente, já que é entre as capitais mais pichadas do mundo. Veja esse vídeo como exemplo de arte livre, mas busque mais referência sobre-o assunto pichação, olhe abaixo:

PIXO - DOCUMENTÁRIO SOBRE 
PICHAÇÃO E PICHADORES
fonte: Youtube

Outro exemplo é uma travessa na cidade de São Paulo chamada de Vila Madalena e em uma citação no site G1.com explica em uma matéria que fala sobre a cobrança de cachê publicitário pelos graffites feito no local:

Grafiteiros responsáveis pelos desenhos que adornam uma travessa na Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo, passaram a cobrar de quem filma ou fotografa lá para fins publicitários e comerciais. Eles querem receber cachês quando suas obras, expostas a céu aberto, forem usadas como plano de fundo em propagandas na TV, em impressos e na internet. O local, conhecido como Beco do Batman, na verdade é a Rua Gonçalo Afonso. Segundo Vinicius Enivo, de 26 anos, integrante do coletivo "132" e autor de murais no beco, os valores cobrados podem ultrapassar R$ 5 mil. Ele acrescenta, porém, que estão isentos desta cobrança jornalistas, estudantes e quem quiser apenas fotografar pela beleza da via. “Essa arte é gratuita para o povo, mas não para as empresas.” Para evitar mal-entendidos, foi pichado em uma mureta na via o seguinte aviso: “Respeite os direitos autorais. Proibido propaganda no beco”.(fonte: G1.com)

Com essa citação, digo que devemos tomar cuidado de saber o que arte livre ou não em alguns aspectos e deve ser discutido em associações, fóruns e em outros grupos voltados para o mercado criativo em minha opinião. Deixando claro que não sou contra os grafiteiros cobrarem pelo seu trabalho, muito pelo contrário, eles estão certíssimo! Mas uso essa citação para contextualizar o argumento sobre de fato de que é arte livre tem suas contradições entre os usuários principalmente nas redes sociais. Aqui o motivo de uma outra citação do mesmo site explicando o porque dessa cobrança:

Os artistas alegam que quando uma montadora, por exemplo, filma um comercial lá, ela se aproveita do trabalho de dezenas de profissionais. “Os artistas ralam anos para criar e dominar sua técnica e uma empresa vai e ganha em cima desse trabalho”, disse Enivo, acrescentando que diversos processos foram movidos nos últimos anos. O artista não soube precisar quantas ações ocorreram, mas garante que a maioria foi ganha pelos grafiteiros. A cobrança pelo uso de imagem não é exclusividade dos grafiteiros. Equipamentos municipais, como parques e planetários, por exemplo, têm uma taxa estipulada pela Prefeitura de São Paulo para ser fotografados ou filmados para fins comerciais. Uma empresa que quiser fazer filmagens para campanhas publicitárias no Parque do Ibirapuera, na Zona Sul, terá de desembolsar R$ 800 por ambiente filmado (caso o registro das imagens ocorra no período noturno, o valor salta para R$ 1.600).(fonte: G1.com)

CONCLUSÃO INICIAL DO ASSUNTO...

Resumindo meu argumento inicial, a arte nem sempre é livre para maioria dos casos praticamente no sentido mercadológico e de propriedade intelectual. Se não houver uma política de ética profissional no mercado entre os artistas e determinados tipos de empresas / órgãos, aí fica complicado de defender isso em minha opinião na parte de mercado e até mesmo ético. É preciso muita discussão para ser entendida pelo ilustradores e outras pessoas de outras áreas criativas e por isso deve ser debatida de forma clara e precisa, mas claro com opiniões a favor e contra, em meu caso sou contra de que a arte livre existe no âmbito mercadológico até o momento, depende muito de muitos casos. Mas é difícil na minha opinião.

domingo, 18 de outubro de 2015

SÉRIE EMPREENDORISMO - NOTA FISCAL AVULSA SEFIN-CE

Depois de muita promessa, agora sim! Uma série de postagens sobre o micro empreendedor individual (MEI) especifico para o estado do Ceará, essas postagens vai ajudar você pelo menos a ter noção de como funciona algumas atividades, cadastro e alguns recursos burocráticos para obter essa ajuda de ilustrador para ilustrador, mas deixando claro que essas postagens são baseadas em minha experiência e por isso se algumas informações estiverem poucas, procure entidades, contadores e/ou outros profissionais da área para obter ajuda e se possível repassar essa informação, porque é de total ajuda essas informações, então vamos nessa! Mas para começar, vou falar de um recurso muito importante e que não precisa do MEI, a nota fiscal avulsa e vou explicar como ela funciona aqui no Ceará.

DEFINIÇÃO NOTA FISCAL AVULSA

Para entender melhor como funciona, é preciso entender a definição e peguei uma citação de um site da prefeitura municipal de um estado brasileiro e depois explicarei melhor o motivo, mas segue aqui abaixo:

A Nota Fiscal de Prestação de Serviços é um documento fiscal instituído pela Legislação Tributária e que deve ser obrigatoriamente emitido por todos os prestadores de serviços estabelecidos no Município. A Nota Fiscal de Prestação de Serviço reúne uma série de informações sobre a prestação dos serviços, como os dados do prestador e do tomador, a descrição e valor dos serviços, além de dados para o lançamento do Imposto Sobre Serviço (ISS).
A Nota Fiscal de Prestação de Serviços Avulsa (NFPSA) é um documento fiscal de uso excepcional, que deve ser utilizado apenas por aqueles prestadores eventuais de serviço que não estão inscritos no Cadastro de Prestadores de Serviços de Qualquer Natureza (CPSQN) do Município.

Resumindo, se você não é cadastrado por um orgão público de seu município (no caso a SEFIN-CE) e uma empresa ou orgão público pedir uma emissão de uma nota fiscal, no caso você deve fazer essa notal fiscal avulsa. Nosso estado cearense até agora é um processo até rápido, mas requer certos cuidados para se fazer esse processo. afinal é preciso entender como funciona pelo menos e evitar confusões futuras.

A primeira delas é sempre perguntar para empresa se ela vai precisar dessa nota e o motivo é que se você for fazer serviços e não tiver cuidado com empresas já competentes, será muito complicado depois e por isso sempre pergunte se vai precisar. Porque a nota fiscal avulsa ela é tirada no dia, porém para ser gerada a nota você precisa pagar uma taxa de alíquota de 5% em um banco público ou casa lotérica para depois emitir essa nota para empresa e que só pode ser gerada um dia depois do pagamento e ser entregue para a pessoa física, pessoa jurídica ou orgão público se precisar.

PROCEDIMENTOS PARA FAZER A NOTA AVULSA

O local para ser feito essa nota é na Secretaria Municipal das Finanças do Ceará (SEFIN-CE) que fica na Rua Gal. Bezerril, 755, Centro - Fortaleza/CE • CEP 60.055-100 e caso queira algum contato é este telefone: (85) 3105.1203. Fica ao lado da praça da liberdade, aquela praça em frente a policia civil no centro da cidade. Enfim endereço dado, agora é partir para o processo e primeiramente você precisa de duas coisas a primeira delas é tirar a xerox dos seguintes documentos:
  • Xerox da Identidade;
  • Xerox do CPF;
  • Xerox do comprovante de residência.
Deixando claro que a xerox a identidade e o CPF pode ser tirada em uma folha só, mas se preferir separar tudo bem. Outra coisa que o comprovante de residencia necessariamente precisa ser conta de luz e agua, pode ser de uma fatura do cartão ou outras contas, mas deve ter o seu nome e o motivo porque é obrigatório pela SEFIN e constar que você realmente está emitindo a nota fiscal avulsa, por isso ficar atento no comprovante de residência.

A segunda coisa é ter em mãos também alguns dados como o CNPJ da empresa (ou CPF da pessoa física) com o endereço completo ou se preferir pode pedir um documento que não é obrigatório chamado de comprovante de inscrição e de situação cadastral que contem justamente esses dados que você precisa emitir para a pessoa jurídica. Esses dados serão colocados nesse seguinte documento:


descrição: Modelo do Requerimento da Nota fiscal Avulsa
fonte: SEFIN-CE

Esse documento é o requerimento para emitir a nota fiscal avulsa e precisa ser preenchido. Ele pode ser baixando neste link AQUI ou pegar na própria SEFIN-CE, mas recomendo ter este documento em casa porque você vai precisar pegar uma senha para ser atendido pela pessoa e algumas dicas para o preencimentos:
  • Ao preencher os dados do serviço, na parte de discrimitação, descreva exatamente o serviço que foi combinado para o cliente, por isso sempre quando for preencher, procure antes passar um orçamento do serviço para o tomator, porque depois de pagar a taxa de alíquota vai constar essa descrição na nota, por isso procure saber o que o cliente quer de fato e procure salvar conversas das redes sociais e principalmente conversas via e-mail.
  • No item valor coloque exatamente o valor cobrado e esse valor será descontado 5% da aliquota por isso quando for passado para o atendente ele vai gerar o documento com o valor cobrado por você e o valor de imposto é você que precisa pagar, por isso faça esse atendimento na SEFIN de preferência de manhã ou no começo da tarde para depois pagar nos locais indicados e depois de um dia já emitir a nota.

descrição: Local do atendimento para requerimento da nota e outros serviços. 
fonte: SEFIN-CE

Após o pedido de requerimento da nota fiscal avulsa, provavelmente você vai pegar uma senha para ser atendido em outro local para pegar o Documento de Arrecadação Municipal (DAM), que é o documento para pagar nas casas lotéricas ou bancos. Aqui a foto do meu documento (mais precisei editar no Photoshop, porque não quero vazar informações dos meus dados e da empresa):


Esse documento pode ser pago nas redes arrecadadoras credenciadas já constada na impressão, veja abaixo a lista dos locais indicados:
  • Banco Bradesco, Banco do Brasil, Banco Citibank, Banco Itáu Unibanco, Banco do Nordeste do Brasil - BNB, Banco Safra, Banco Satander;
  • Farmácias Pague Menos;
  • Banco Cooperativo do Brasil - Bancoob;
  • Caixa Econômica Federal - CEF;
  • Casas Lotéricas da CEF.
Outro detalhe que o valor que você vai pagar não é o Valor Total da Nota, porque esse valor é do seu serviço que você vai prestar ou prestou e o valor que realmente você vai pagar é o Valor a Pagar, que nele tem o Valor Total do Imposto e a Taxa de Expediente, veja no zoom mais aproximado:


Por isso a Alíquota de 5,0% desconta o Valor do Serviço que você prestou e é muito importante pagar ele no mesmo dia, para gerar a emissão da Nota Fiscal Avulsa um dia depois nesse site que vou mostrar em seguida.


Este é o site que você vai precisar emitir a Nota Fiscal Avulsa do seu cliente, mas antes de mais nada esteja com sua documentação e o Documento de Arrecadação Municipal (DAM) na sua mesa para encerrar o procedimento de gerar essa nota. Para isso você precisa clicar no menu Emissão/Validação de NFSeA conforme a imagem abaixo:


Depois você deve preencher o CPF:


Em seguida vai precisar do numero do Documento de Arrecadação Municipal (DAM):


Para pegar esse numero é preciso olhar no documento que você pagou no banco ou lotérica, ele fica abaixo da descrição do serviço e do valor total na foto abaixo:


Após o preenchimento dos dados, você pode apertar o botão Pesquisar e depois gera a Nota Fiscal Avulsa conforme as duas imagens abaixo:




Nessa tabela você pode clicar no botão de imprimir onde tem o nome Emitir NFSeA:


Nela, você pode já baixar o arquivo em PDF, o que facilita na entregar por exemplo via e-mail e com isso você consegue emitir a Nota Fiscal Avulsa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo menos a questão da Nota Fiscal Avulsa é bom para todos que não há a desculpa de ter um CNPJ, por isso esse documento o ilustrador tem que saber fazer, porque lá na frente você pode precisar, falo isso por experiência própria, porque quando você emiti um documento desse tipo, clientes pelo menos competentes vão ter confiabilidade no seu serviço e isso é bom para todos. então se você trabalha de freelancer ou quer prestar serviços para certas empresas, é preciso saber desse recurso e é um recurso simples apesar de tomar um dia inteiro, mas vale a pena ter esse serviço vindo do governo pelo menos. Na próxima semana, já começo a comentar sobre o cadastro do MEI, por isso mande sugestões e criticas para melhorar o projeto do Ilustradiano e que essas informações sejam passadas para o publico da ilustração.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

OPINIÃO - CRISE E REGULAMENTAÇÃO

Algumas pessoas me pergutaram sobre dois temas que eu poderia abrir discussão, a crise e a questão da regulamentação da profissão relacioando ao tema ilustração no Brasil.

CRISE NA ILUSTRAÇÃO
Bem... Pelo menos a crise eu só posso falar pouco, até porque tenho que está 100% por dentro do assunto, sei pouca coisa relacionada a ilustração. Uma delas que eu posso comentar é a questão dos impostos que já são uma problemática no país para os ilustradores. Primeiro pelo fato da maioria dos produtos de boa qualidade relacionado a pintura, desenho a lápis, tecnologia digital, grafite e outros do gênero estão fora do país e quando chegam no Brasil a alfândega simplesmente impede a entrega (por isso é preciso para uma taxa específica para pegar o produto) e o governo coloca 3 ou mais vezes o valor que você comprou inicialmente. É muito complicado isso, porque o incentivo de fazer o mercado de ilustração crescer é muito ruim. Aliás, nem existe pelas autoridades públicas pelo menos esse incentivo, já que os valores que são vendidos no Brasil é um absurdo para um dito "mercado" que é muito fraco no país e são poucos que conseguem isso.

Outro ponto é ter uma abertura de empresa especifica na área, que é uma outra complicação de sobrevivência do dito "mercado" de ilustração e agora que está tendo esses incentivos em pleno ano de 2015. Mas a parte boa que ainda eu digo que mudou totalmente e que facilitou muito foi o Micro Empreendedor Individual (MEI), por ele ser fácil no cadastro (porque em menos de 1 hora você faz o cadastro), os impostos são bem menores (pelo menos eu pago R$ 44,00) e ainda pode conseguir benefícios como aposentadoria, auxílio maternidade e outros benefícios. Mas a problemática é que somente uma entidade trabalha pelo menos na minha visão promove e informa os profissionais de ilustração, no caso o Sebrae até agora. Fora ela, vejo pouquíssimas noticiais e pouquíssimos grupos comentando sobre assuntos de empreendedorismos, direitos autorais, startups, leis de incentivo, captação de recursos, tipos de impostos e entre outros assuntos que são importantes para a área de ilustração envolvendo mercado. Por isso vejo poucos o nem percebo os grupos da classe, que falo de alguns e ofensivamente de "clubinhos" ao invés de comentar sobre assuntos mais sérios na área como a regulamentação, direitos autorais, contratos e outros pontos externamente com os profissionais ao invés de deixar de lado os assuntos de eventos, exposições, colab e outros que não melhoram e discutem ainda o quesito mercado.

Os que eu posso dizer quem pode se beneficiar nessa crise é a educação no modo geral, no caso estúdios regionais, nacionais e mundiais (tanto presenciais quanto online) e os congressos (principalmente os online). No caso específico dos congressos online, as vantagens são os preços validos mensalmente e na maioria deles anualmente. Fora que eles fornecem certificados, suporte de profissionais da área e entre outros benefícios que eles oferecem, vai depender e variar de palestrantes, temas etc. O aprendizado de línguas é outro ponto porque como boa parte de informações vem fora do país, a capacitação em cursos de inglês, italianos e outras línguas não somente ajuda a ter acesso a essas informações, como pode ajudar no mercado de trabalho. Mas o problema é que agências de publicidade, estúdios, produtoras e outros do ramo valorizam pouco profissionais que se capacitam e com isso fica menor o valor de salários, mesmo antes da crise e isso ocorre pelo menos em Fortaleza e em outros estados do Brasil.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

OPINIÃO - PORQUE ACREDITAR EM UMA COISA, SE NA HORA FAZ OUTRA?

Eu, David Tomás, Acredito que a função do Ilustradiano primeiramente é ajudar pessoas que estejam iniciando o mercado de ilustração e que sejam orientadas mesmo estando erradas. acho que é uma missão nada fácil e principalmente é legal fazer uma prestação de serviço para a classe e a sociedade entender a função do ilustrador e suas dificuldades com postagem que eu ando escrevo ultimamente.

Agora para alguns que são experientes, para mim (no meu ponto de vista) vejo que há um problema em respeitar pelo menos um mercado que poderia ser mais respeitoso e justo. Agora já que penso que o mercado pode piorar um pouco em questão. Vou ser mais preciso, eu não entendo porque as pessoas experientes e a mais tempo fazem certos absurdos e ainda por cima vem depois com discurso e até desculpas de reclamar do mercado.

Outro ponto é prejudicar não somente a si mesmo, mas também pessoas que tentam andar na linha e acabam sendo desrespeitadas pela sociedade e não falo somente de clientes, mas de parceiros, empresas, órgãos públicos e outros membros e classe da sociedade que deveríamos ganhar esse apoio e também melhorar o mercado. Já que outras classes trabalhadoras dos estados brasileiros buscam e lutam por um mercado melhor e nem preciso falar de sindicato, isso é muito mais amplo do que você imagina.

POSTAGEM NAS REDES SOCIAIS

Primeiro não vou identificar a pessoa, até porque não quero prejudicar as pessoas, minha intenção é criticar de forma construtiva. Segundo, vou ser especifico na área de caricatura, que já conheço esse mercado desde 2008, mas claro que nós devemos aprender e quebrar a cara sempre, mesmo com a experiência. Vejo através de pessoas e colegas de trabalho uma das postagem que me deixou muito irritado, chateado e até infantil com essa atitude :


Se não entendeu, vou explicar melhor, nessa postagem um caricaturista fala da necessidade de comprar uma mesa digitalizadora para continuar seus trabalhos. Mas não entendo porque numa postagem anterior falar em valorizar seu trabalho e mercado jã que as pessoas pedem de graça o seu serviço. Para mim em questão de valores, foi muito de graça, R$ 10,00 reais para pedir uma caricatura, é mesmo que comprar um livro de R$ 1,00 e fora que nem vou culpa os clientes por isso, eles estão mais do que certo aproveitar. 

A questão do valor sentimental não entro nem em detalhes, já que cada um faz com sua arte o que bem entende e não sou contra desenhistas darem trabalho de graças para um projeto social, presentear um amigo e outras coisas que eu acho bitolação demais para esse quesito, alias cada um tem seu pensamento. Quanto ao meu pensamento, trabalho com caricaturas para me diverti, mas meu principal foco é ter uma renda com esse trabalho, resumindo ganhar dinheiro.

Agora o ponto que eu acho muito errado é confundir profissionalismo com necessidade, se for por isso os eventos cobrariam R$1,00 e mulher bonita não pagaria, agora o que eu acho engraçado é os ilustradores reclamarem do mercado e agora eu falo, esse é um dos principais motivos das pessoas desrespeitarem o mercado. O valor é tão baixo que acaba vendo que o artista nem é sério e acha que isso é legal, mas para outra classe que tentam ter seu valor, mas que muitas vezes seus esforços são em vão.

Porque muitos querem falar de clientes e que ta difícil! Mas não querem abrir os olhos para esse lado também dos ilustradores que nem sequer aprendem a colocar preço ou fazem de proposito, que é muito comum e fora praticas anti-profissionais e até amadores para piorar o que já está difícil.

RELEMBRANDO MEU PASSADO

Assim que eu comecei a escrever minha postagem, me lembrei de uma coisa que ocorreu na minha vida. Estava num evento cultural promovendo meu trabalho e me lembro que exatamente cobrei esse valor, sim é igualzinho da propaganda acima e fora outros valores e senti que aquilo que eu fiz era bom e que dava muita gente. mas durante esse trabalho tinha um cara com uma pasta me observando sempre e passava para ver meus trabalhos de caricatura.

Na segunda semana, ele chegou pra mim e perguntou o que você está fazendo com o seu trabalho? isso não é legal companheiro, valorize seu trabalho e veja! Dai ele me mostrou seus trabalhos e falou seus valores por encomenda, congresso e eventos e seguindo algumas tabelas da SIB, Abipro e outras existentes. Aquilo me deixou emocionado e fiz imediatamente na terceira semana mudar meus preços e pra ser sincero, foi muito melhor, mesmo com pouca gente e ainda consegui faturar um pouco a mais e senti a diferença, mesmo eu já sabendo do erro que cometi.

E até hoje sou grato essa e outras pessoas que sempre alertam e o blog que eu escrevo é uma retribuição que repasso do que aprendi para os outros e como recompensa pessoal.

LIÇÃO PARA APRENDER OU PELO MENOS TER CONSCIÊNCIA DO QUE FEZ!

Espero que esses caricaturistas vejam a postagem, pelo menos tenha a consciência do que vocês estão fazendo e é muito prejudicial para o mercado. Para mim foi uma atitude nem amadora, mas sim infantil de colocar um valor baixo e prejudicar o nosso mercado novamente, que já é complicado se for aplicado de forma legal e justa. Isso vale também para os iniciantes, pois um conselho legal, façam isso e sintam na pele o prejuízo que estão fazendo se for ilustrar para o mercado, ai vocês vão ver clientes que reclamam, que exigem mais coisas, que apressam por prazos curtíssimos e outros absurdos que vão sofrer por um preço de banana.

E as entidades, no caso as associações, mais uma vez revejam a forma de divulgar isso. Sei que pelo menos algumas estão trabalhando com seus associados, mas procurem também informar isso a sociedade, já que querem uma melhoria de mercado, agora que alguns entidades estão fazendo consultorias, palestras, eventos para esse publico que não tem acesso a essas informações, mas ainda é pouco e vocês são importante para promover essa ação.

Bem espero que isso não ocorra sempre, mas sei que é difícil e não vai parar de acontecer, por isso não vou ficar calado e continuar com esse projeto, um forte abraço a todos.

domingo, 17 de maio de 2015

OPINIÃO - OH MY DOG! PARTE 2

Para mim, foi uma das novelas mais tensas relacionadas a concursos e alias isso já ocorria há um tempo por fortaleza, mas infelizmente não tive tempo para juntar materiais do passado e quem sabe em breve falo isso no Ilustradiano.

Mas vamos ao que interessa e falar dessa segunda parte da minha opinião sobre uma empresa que gerou polemica no estado do Ceará e para mim essa vai ficar para historia dos concursos de ilustração mais polêmicos do nordeste e se duvidar do Brasil. Por isso para entender a historia melhor, leia a primeira parte da minha opinião no link abaixo:


Bem vamos la, eu li a ultima postagem escrita pelo Jorge Kubrusly, um dos proprietários da empresa Oh My Dog! e sinceramente apesar de finalmente ter assumido a culpa, mas mesmo assim vi muitos erros que ele cometeu em sua ultima postagem retirada da fanpage oficial da franquia de fast-food, veja abaixo:


"gostaria de afirmar que nunca imaginamos ofender tanto 
uma classe e que isso jamais esteve em nosso planos"

Como assim Kubrusly? Que eu saiba através de informações que eu pesquisei e que até profissionais da área de comunicação e outras que fazem parte da criação e ilustração me contaram e confirmei isso pesquisando pela internet que você é formado na graduação de Publicidade e Propaganda e fora você já foi diretor de arte de uma agência grande, então você não sabia que esse concurso poderia ter problemas já desde o inicio? Muito estranho isso! Acho que você precisa rever novamente o que você postou nessa postagem, porque está muito contraditório na minha opinião e principalmente um profissional que estudou numa universidade e uma agência renomada.

Isso eu estou comentando é justamente para dizer que um profissional que tem um certo gabarito, pelo menos é o que consta nas pesquisas que eu fiz e isso é complicado! Porque com certeza ele sabia que isso sim iria dar problema, mas claro também não quero dar uma de juiz aqui, mas isso que aconteceu não foi legal para o público da ilustração, principalmente os profissionais. Fora ele, com certeza tem responsáveis envolvidos que fizeram esse concurso de forma errada e muito desastrosas, pelo menos é o que eu e outras pessoas que foram contra vimos no começo dessa postagem do concurso.

"A classe publicitária, de artistas e ilustradores é uma das que mais rala, vira dia e noite em cima de projetos, não tem horas extras e as vezes nem o tempo pra almoço. O mercado exige muito mas paga pouco e não queremos carregar essa culpa."

Se falou e tem consciência disso Kubrusly, porque então não fizeram um planejamento direito dessa campanha? O maior erro de uma agência e de um projeto é justamente não planejar as coisas direito e ainda mais uma coisa que a maioria dos profissionais de ilustração já estão ligados nesses concursos. Não pense que mesmo sendo um concurso para iniciantes, tem que ficar ligado que as pessoas percebem certos vacilos e ainda mais de uma rede de franquias, seja qual for o grau!

"Aumentamos o valor do prêmio para demonstrar isso e com certeza repensaremos mais antes de publicar qualquer texto ou dar entrevista. As vezes as palavras são distorcidas e se tornam uma arma para quem pretende te ofender. "

Que eu saiba Kubrusly, vocês só aumentaram o valor depois de muita reclamação que a maioria dos ilustradores, profissionais de comunicação, outros artistas e até pessoas comuns viram o absurdo! E fora que a entrevista que deram no jornal O Povo não foi nada legal também, porque você defendeu estar certo daquilo que a empresa fez no concurso, sendo que estava aconteceu nas redes sociais, tava na cara que foi um erro bem claro pela maioria dos usuários.

E se as palavras estavam distorcidas, porque não Planejaram a campanha antes? É isso que eu não entendo, uma empresa que poderia oferecer até um prêmio melhor que R$ 1000,00 de uma empresa que fatura muita grana com franquias e isso realmente foi uma arma que ofendeu agente, mas isso partiu da empresa e não de um usuário pessoal que distorceu, então mais uma vez reveja essa postagem que não ficou legal para nós, ilustradores.

"Obrigado aos que disponibilizaram seu tempo batendo boca, criticando ou dando conselhos. Posso não concordar com tudo que foi dito, mas com certeza diante do cenário eu devo me desculpar pelo simples fato de alguém ter se ofendido com minhas palavras, mesmo que essa não fosse a intensão. "

Kubrusly, é sério isso? BATENDO-BOCA? pelo visto isso que foi colocado em um texto para o público nem é legal se dizer isso! Na verdade foi criticas relacionada ao erro que foi cometido pela empresa, veja um antes de depois das postagem, na figura abaixo:


Se você perceber, a empresa quis premiar R$ 250,00 em alimentos como premiação para iniciantes ou profissionais. Isso para ilustrar caixas que com certeza custa caro para empresa, agora depois dessa confusão vocês esperam mais o que? BATE BOCA não cara, porque isso é um direito de fazer criticas e não se esqueça que ainda bloquearam pessoas por conta de ser contra a esse concurso, o que é o maior pecado de democratização, se são uma empresa e não tem consciência de fazer uma boa campanha e ainda mais pela internet, fica difícil de se segurar e deixar isso acontecer!

Fora que na segunda postagem após as criticas e compartilhamentos contra essa campanha, colocaram uma outra premiação de R$ 1000,00 e mais R$ 250,00 em alimentos em consumo como se vocês pensaram nessa ideia de melhorar, quando na verdade foi um vacilo da primeira peça muito mal elaborada!

SOBRE O RESULTADO

Para mim mesmo vendo que a maioria dos ilustradores interviram nessa jornada contra a empresa Oh My Dog! A premiação não continua sendo das melhores, isso eu concordo com todos que comentaram e muito menos devemos aceitar isso.

Estive conversando pelo chat das redes sociais com o ilustrador Ricardo Antunes da Revista Ilustrar, uma coisa que devemos lembrar sempre que conseguimos algo, mesmo não sendo legal, mas que já é muito bom ver que se a classe se unir podemos corrigir esses abusos do mercado, mas sempre com profissionalismo, sem precisarmos ser agressivos ou grosseiros! Como nós vimos, dá certo a mobilização de todos os artista para evitar esse tipo de problemas, pelo menos esse. Mesque o prêmio não seja fabuloso, mas já é uma mudança e tanto para a classe atual e para um iniciante que tente participar, agora é ficar de olho nos próximos que ocorrerem pelas redes sociais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Eu já falei da empresa e pra mim até agora já foi o suficiente pela postagem, mas queria também deixar claro a sociedade também, percebi que alguns foram contra os ilustradores e achando que estávamos errados em criticar a empresa.

Eu digo o seguinte, primeiramente se acha fácil ser ilustrador, senti um pouco na pele como é a profissão e veja que no Brasil, especificamente no Ceará também, o mercado nem é valorizado. Por isso peço também e mais uma vez as associações que apoiam os ilustradores façam ao menos uma campanha e palestra de conscientização sobre esses concursos que rolam pelo Brasil e no mundo também.

E espero que os próximos concurso sejam um pouco mais justo com a premiação e com a lei inclusive! já que nem sequer a empresa Oh My Dog colocou um regulamento e muito menos o direito de uso de direitos autorais, já ta na hora dos ilustradores ficarem ligados nisso também, porque me canso de ver muita falta de informação sobre isso e a qualquer momentos podemos até perder esse direito!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

CHARGES - OH MY DOG!

O Ilustradiano vasculhou as redes sociais, graças alguns ilustradores que permitiram colocar suas charges em forma de manifestação sobre a empresa Oh My Dog! Confira algumas delas:



Artista: Daniel Chastinet


Artista: O Carlitos


Artista: Tiago Amora

DEPOIMENTO - OH MY DOG!

No Ilustradiano pegamos um depoimento de ilustradores brasileiros sobre o concurso mais polêmico do estado do Ceará, a empresa Oh My Dog! que inicialmente ofereceu R$ 250,00 reais em consumo de alimentos e após mudou a premiação para R$ 1000,00 mais R$ 250,00 em alimentos. Após criticas de que a premiação não estava legal e que desvalorizada o mercado de ilustração.


"obviamente essa campanha não é voltada para profissionais, só molecada interessada em comer cachorro quente entraria numa fria dessas... Mas para os mais desavisados, a própria rede indica o lucro que terão: em 3 meses vendem em torno de 200.000 embalagens (segundo eles próprios anunciam), e o sanduíche mais barato da rede custa R$6,00... bem, supondo que eles vendam apenas esse sanduíche mais barato, 200 mil X R$6,00 dá R$1.200.000,00... concurso legal esse, não?"

"eles usam a desculpa de um concurso esfarrapado para ganhar ilustrações em troca de comida... e o pior é que vai ter um monte de gente participando, pode se preparar."

Ricardo Antunes: Ilustrador, Editor da Revista Ilustrar e da Reference Press



"Primeiro, mais uma campanha infeliz e sem noção. Segundo, pioraram a situação com a resposta. Terceiro, Como eles mesmo divulgaram vão fazer 200 mil caixas. Vamos fazer um calculo simples. Se eles pagassem ao artista R$ 0,10 centavos por caixa (menos de 1% do valor do sanduíche mais barato deles) daria R$ 20 mil. É mais negócio fabricar as caixas. Hahahaha"

Weaver Lima: Artista Plástico do Coletivo Monstra.



"oh NOT my dog! Querem fazer um banco de dados oferecendo esmola!"

Cival Einstein: Caricaturista e Chargista Cearense.



"Eu penso que uma empresa de grande porte deveria ter um pouco mais de cuidado com quem delega certas funções essas que são primordiais para a imagem da mesma, o setor de marketing foi extremamente infeliz na campanha que fizeram, no fundo eu acredito que eles não agiram de má fé, até porque não é de hoje que a categoria dos ilustradores, designers, fotógrafos e todos aqueles que prestam serviço com arte são desvalorizados financeiramente, usaram da tal visibilidade da marca para talvez alavancar a carreira de um ilustrador, estratégia essa que nós particularmente estamos cansados de ouvir. Porém, a mesma empresa não teve o fair play de contornar a situação para gerir a crise, achou mais fácil calar a voz de quem não aceitou tal proposta indecorosa e ouvir somente aos desavisados que não sabem o quanto estão se desvalorizando e criando um cenário mais difícil para eles mesmos no futuro, infelicidade."

Tiago Amora: Caricaturista e Ilustrador Cearense.



"Sobre a tentativa (desastrosa) de marketing com ilustradores "profissionais ou não" da rede Oh My Dog! em troca de uma recompensa sacana, fica claro que o mercado aqui ainda ta deixando a desejar. Investimos horas, deixamos de sair em alguns momentos e ouvimos coisas tipo "só faz desenhar, não trabalha", "tu vai cobrar por um desenho?, "ta caro!" ao longo da vida. Mas e investimento em nossa habilidade. Somos como qualquer profissional que se dedica e vai atrás... precisamos receber o que e justo pelo que fazemos. Se você abre uma campanha dessa que vai comercializar a nossa arte, acho justo dar uma parcela do ganho para os artistas. Talvez não seria o ideal? Mas uma forma de valorizar mais. Seria uma pena se tanta gente boa que temos aqui caíssem nessa."

Miguelito Silva: Quadrinista do Coletivo Gerimoon.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

OPINIÃO - OH MY DOG! PARTE 1

por David Tomás

Eu estava hoje de manhã (08/05/2015), dando uma olhada nas postagens nas redes sociais, como de costume. Quando vi uma postagem de uma empresa com a seguinte mensagem publicitária:

Fonte: Reprodução da Internet

PONTOS NEGATIVOS

Primeiramente não sou contra os concursos, no meu ponto de vista profissional poderia ser feito de uma maneira legal conforme a lei, até aí tudo bem, mas nesse caso acho um absurdo. Primeiro pelo fato de nem citar um regulamento como obrigação de lei e segundo por nem citar muito menos os direitos autorais, que é um benefício que o ilustrador tem para se defender.

Outro Ponto é o valor de uma ilustração para 200.000 caixinhas que serão distribuídas em todas as unidades (no caso é uma franquia) que são territorialmente da região nordeste como Fortaleza, Teresina e João Pessoa, o que já é complicado. Já que o valor que vai ser usado para todas as caixinhas será oferecido como prêmio R$ 250,00 (o que não paga nem uma caricatura de folha A3) e detalhe, o pagamento é pago somente para lanchar em uma das unidades da empresa, resumindo, não querem pagar a premiação em dinheiro.

E o pior que ainda usa o velho argumento da Divulgação e Valorização! Como assim? Se formos falar de valorização de mercado por exemplo, o preço em média e detalhe, dependendo da ilustração (contando com grau de dificuldade, quantidade de cores e outros detalhes), pelo menos a premiação deveria ser a partir de R$ 5000,00 ou mais para uma premiação justa, já que é uma rede de franquias de alimentos e com certeza a empresa fatura com isso. Fora que nem fala de contrato e royalty, isso é valorização? Acho que não é isso!

Já essa divulgação é uma desculpa esfarrapada, porque principalmente na ilustração não há necessidade da empresa nem se esforça, já que o próprio ilustrador faz isso há anos e ainda mais com o advento das tecnologias e redes sociais e que mesmo assim nem chama a atenção ainda das empresas aqui no país, infelizmente.

Além claro de uma tentativa que na minha opinião é estratégica de criar um possível banco de dados para usar em trabalhos futuros, o que realmente faz pensar que esses concursos não têm uma certa fiscalização da lei, o que prejudica justamente o mercado! Ainda há comentários da própria empresa que defende está valorizando o mercado de ilustração, o que não é realmente na minha opinião, veja abaixo as imagens:

Fonte: Reprodução da Internet

Fonte: Reprodução da Internet


A OPINIÃO NÃO É SOMENTE MINHA, 
ALIÁS É VÁRIAS CRÍTICA DOS ILUSTRADORES!

Eu aproveite para tirar alguns prints como prova de que isso não é somente eu que críticos. Algumas pessoas deixaram suas manifestações nas redes sociais, como a maioria é contra a forma de fazer o concurso que a rede de fast-food promove com essa propaganda, veja:


Fonte: Reprodução da Internet

Fonte: Reprodução da Internet


Fonte: Reprodução da Internet

Espero que mais ilustradores e outros profissionais pelo menos apoiam essa manifestação, já que o mercado esta defasando a profissão de ilustrador. O mais complicado é que segundo um dos comentários no grupo do Ilustradiano ainda cita que o dono da empresa é simplesmente um ex-publicitário! Quer dizer, o responsável que esta deixando isso acontecer é errado e que pelo menos poderia ter consciência daquilo que está acontecendo, mas sabemos que isso ocorre sempre em algumas agências de publicidade, design etc. veja os outros comentários abaixo:

Fonte: Reprodução da Internet

O QUE ESPERAR E FAZER DESSE OCORRIDO!

Primeiro espero que alguns ilustradores se juntem e continue colocando a boca no trombone! Isso não pode ocorrer sempre e que a empresa mude pelo menos a forma de premiar os artistas, um valor mais justo e que o profissional ou mesmo não sendo da área possa investir realmente naquilo que gosta, é muito desmotivador isso que a franquia está fazendo.

Eu pelo menos não gostaria de receber R$ 250,00 reais em hot-dogs, porque isso é a maior vergonha que o ilustrador profissional ou mesmo não sendo, é uma idiotice esse tipo de concurso que não quer pagar e ainda por cima dizer que isso é uma divulgação e valorização, quando na verdade é uma falta de respeito não só com a classe, mas com a arte em geral.

Cobro humildemente das associações pegar um pouco no pé sobre isso, porque não basta somente orientar, mas eu entendo um pouco esse motivo em alguns casos! Eu acho que se pelo menos ocorrer campanhas contra esse tipo de prática e ainda fazer com que a sociedade entenda a importância de ter pelo menos uma valorização justa para esse mercado, seria até um pouco motivador para os ilustradores dar importância a esse tipo de atitude e que as empresas evitem adotar essa prática para burlar as leis e desvalorizar o mercado.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

EMAIL: COMO ENTRAR NO MERCADO DE ILUSTRAÇÃO

Bom dia David, gostaria de algumas dicas sobre como entrar no mercado. Nem sei dizer se de desenhos ou ilustrações. Eu particularmente defino meus trabalhos com desenhos. Vamos lá: Primeiro Já fiz alguns trabalhos pra campanhas educativas, jornais etc, porem apenas esporádicos nada que tenha continuidade, então esses trabalhos ficam sendo um"bico",se possível gostaria que desse uma olhada em alguns desenhos e os avaliassem por favor, obrigado.

Joaquim Moura - Goiânia / GO
asaladedesenhos.blogspot.com.br

Opa Joaquim tudo beleza! Amigo seguinte, a resposta que e vou dar é muito relativo e isso vai depende não somente de você mas também de como anda o mercado. mas vamos lá. O mercado de ilustração está dependendo muito de cada área e é preciso se adaptar e ser muito criativo para conseguir um patamar legal para se manter, mas também tem que se tocar que nem sempre o mercado que você entra, sempre vale a pena, vou explicar mais na frente isso. Mas antes vou falar de alguns mercados, mas vou resumir e depois te passo um link que fala desse assunto. O mercado de ilustração existe algumas categorias como:

Editorial: é um mercado voltado para periódicos, que são geralmente jornais / revistas e publicações são voltados para livros e com varias categorias. É um mercado mais difícil, pois para entrar em pelo menos grandes jornais, você precisa ter um bom trabalho e estilo. Mas claro, existe aqueles jornais de baixo escalão que dão espaços entre aspas "pedem para cobrar barato ou chora para ter de graça uma ilustração" e a mesma coisa de publicações de livros de baixo escalão, não muda nada.


Publicitária: é um mercado que pode entrar com facilidade, tem varias áreas que você pode se inserir, desde anúncios de produtos e serviços até criação de projetos mais complexos. dependendo do seu estilo, pode consegui se manter. Mas deve se lembrar também que como no editorial, o publicitário também tem seus probleminhas na maioria das vezes, como pedir preço baratinho e até de graça se duvidar.


Caricatura: é outro mercado que ficou comum no Brasil, ele tem duas categorias, Uma é por encomendas, onde você faz o trabalho de acordo com o prazo, outra é o ao vivo, que você faz caricaturas em eventos, locais particulares etc. a diferença das duas é que a caricatura por encomenda ela pode ter um prazo mais longo e dependo do trabalho tem seus valores, geralmente mais altos, recomendo cobrar a partir de R$100,00. mais sempre pesquise as tabelas da SIB e da ADEGRAF 2015. já o ao vivo, ele é mais rápido de fazer, porem você tem que ser muito bom de traço e rapidez. Por isso os preços são cobrados por hora, recomendo também fazer uma pesquisa nas associações e também nos sites de caricaturistas bons!

e além de outros mercados, aqui tem um link para você entender mais: clique aqui.

Mais primeiramente eu recomendo começar de acordo com que você ta fazendo, no seu caso é bem editorial e caricatura. mas necessariamente precisa ir atras de clientes, comece a melhorar o traço ver referencias de outros artistas e bons. Assim você vai entender como funciona pelo traço. Outro ponto, mude seu fundo do blog para cor branca, porque ele chama mais atenção do que as ilustrações, veja esse vídeo sobre portfólio:


SOBRE SEUS DESENHOS:
Antes de mais nada, quero deixar claro que eu David Tomás, não sou nenhum "Deus" pra dizer o que é certo e errado. Com certeza essas avaliações que eu vou fazer é para ajudar, por isso vou fazer criticas construtivas e que possa levar você a melhorar o desenho (seu traço) e ver o que tem de bom claro.

Vamos la, o ponto bom de seus trabalhos são os traços e a forma como você pinta com o lápis, não é legal pro mercado, mas só de você desenhar já bem, nos padrões comuns de um desenhista, já é um caminho andado, tanto que você faz até boas composições de narrativa, mas precisa estudar um pouco de politica no caso das charges, recomendo você lê Henfil, Laerte, Bira e pesquisar charges sindicais e muitos outros que vão servi de ajuda para isso. mas já é bom nesse ponto. Depois procure um livro chamado Face Off, que é sobre caricatura, é em inglês, mas só de ver os desenhos, você vai entender como fazer os traços, de forma legal e praticar.




Recomendo também você assistir o documentário brasileiro "O Riso dos Outros", apesar dele ser do estilo de comédia América Stand-Up mais ele explica exatamente o que é o humor e como funciona com os dois lados da moeda. De um lado, depoimentos de comediantes, chargista e profissionais do humor e no outro políticos, ativistas e outros responsáveis contra o humor sem limites, conhecido como politicamente correto.


Os pontos ruins são algumas ilustrações que não ficaram legais, veja. Essa caricatura da Dilma por exemplo, não está parecida com ela, me lembrou muito a Hebe, veja e compara:


Para começar a Dilma ela realmente usa uma roupa vermelha, mais o cabelo dela é mais ondulado, não muito, mas como se fosse um ondulado com laquê. não é muito liso entende. Outro ponto é a cor do cabelo, é mais castanho, com marrom e por sempre ver a face dela, veja:



Além disso, você deve pegar as características dela e estereotipar, como por exemplo, sabemos que na caricatura partes do corpo são exageradas, claro. mas não basta somente se basear nisso e pegar todas as fotos da Dilma. Você precisa ver também o que pode ser acrescentado na ilustração dela, veja exemplos que não tem nada haver com a presidenta, mas que pode ser usado como exagero e característica.



São características secundarias que podem ajudar no exagero, a mônica pode ser usado o dente e o monstrinhos pode ser usado os olhos, como cada caricaturista tem seus pontos de vistas veja alguns exemplos que juntam os comentários que eu falei:



Uma ultima dica, se você faz bicos não se envergonhe, muito pelo contrario. Se você tem trabalho fixo, fique e faça, da pra conciliar, até os grandes ilustradores, tem trabalhos por fora e isso tá ficando normal, mas sei que seria bom ter um trabalho que a gente goste e ficar pra sempre. mas devemos também se importar com a nossa vida, afinal temos contas a pagar também,

Bem pelo menos esses que eu avaliei, espero ter ajudado e obrigado por mandar o mail, qualquer duvida, pode falar nos comentários e espero que dê certo sua jornada.